O fruto que não foi

29 maio 2018


Já tinha colhido tantos frutos e nunca tinha reparado na flor.

O conhecimento que temos de certas plantas depende também da estação do ano em que as encontramos. Sempre me deparei com a planta do kiwi na estação da fruta e com o objectivo de os colher. Esta semana, pela primeira vez em tantos anos, descobri-lhe a flor.

Se resistisse a colhê-la daqui a uns meses era um kiwi.

Assim, levei-a para casa e durante uns dias admirei-a enquanto flor que não seguiu o seu curso natural, mas que me encheu o olhar cada vez que me cruzei com ela.

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As plantas que fazem parte do meu Herbarium, aqui neste álbum.
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Manutenção

10 maio 2018

Estamos em manutenção.

Espero em breve poder voltar com a regularidade de outros tempos, senão com tanta pelo menos a suficiente, para partilhar tudo o que tenho andado a fazer e sobretudo as mudanças que vão acontecer em breve.

Se as mudanças implicam trabalho, os novos trabalhos também implicam muitas mudanças.
A Mariamélia está a ser renovada, a MI MITRIKA está a tomar um novo rumo e a minha vida, chegada aos 47, está também ela novamente numa fase de revolução.

É muita coisa a acontecer ao mesmo tempo, só espero dar conta do recado mantendo esta capacidade de me multiplicar e que quando voltar haja alguém à minha espera. : )

Até já!

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Entretanto podem acompanhar-me no Instagram da MI MITRIKA ou no meu perfil pessoal.

Uma praga comestível

15 março 2018













Nothoscordum gracile (Alliaceae)

Andei a recolher alhos bravos espontâneos. São os alhos que temos no quintal. Por enquanto de tudo o que temos e colhemos nada foi plantado.

Sempre conheci estas flores como sendo uma praga difícil de combater e quase impossível de eliminar.

Há pouco tempo descobri que os seus alhos são comestíveis e fiquei curiosa por experimentar. Neste momento estão a secar, o que deve demorar com este tempo húmido.

Um dos próximos livros a comprar será da Fernanda Botelho.

Há músicas assim!

14 março 2018




TODO HOMEM
(Zeca Veloso)

O sol
Manhã de flor e sal
E areia no batom

Farol
Saudade no varal
Vermelho, azul, marrom

Eu sou
Cordão umbilical
Pra mim nunca tá bom

E o sol
Queimando o meu jornal
Minha voz, minha luz, meu som

Todo homem precisa duma mãe
Todo homem precisa duma mãe

O céu
Espuma de maçã
Barriga, dois irmãos

O meu
Cabelo, negra lã
Nariz e rosto e mãos

O mel
A prata, o ouro e a rã
Cabeça e coração

E o céu
Se abre de manhã
Em abrigo, em colo, em chão

Todo homem precisa duma mãe
Todo homem precisa duma mãe

Zeca Veloso, Caetano Veloso, Moreno Veloso e Tom Veloso.

De volta à cozinha literalmente

02 março 2018



A convite da Teresa Leonor, do blogue The Broken Pie, respondi a algumas questões sobre o que mais me liga ao acto de cozinhar, a relação com a memória e as pessoas ligadas às minhas receitas.



Neste post podem ler a entrevista na integra, em Inglês.

Creatives in the Kitchen #3




This one is part of the preparation for her childhood orange cake.


Raw materials shape final results in everything humans do. Cooking with great ingredients is almost a fail safe. When I see someone who cares about the materials used in his/her work , I assume the same mindset is transported to the kitchen. This led me to email Alexandra Macedo, owner of MI MITRIKA, who I’ve been following for some years. In her blog, she portrays everyday life in raw calming pictures, with attention to a lot of details, specially the ones found in the streets of Porto, where she lives.

As mother of two already grown ups, now she proudly owns more time to dedicate to her work, “a daily process, once it’s connected with the everyday life”. It’s a fact that materials rule her. “Since the materials for my work, to the produce I use in the kitchen, to the clothes I wear… More and more do I try to consume less and more consciously”.


Maybe a reference to Bordallo Pinheiro’s cabbage bowl?


I would say Nature is something captivating to her, because you can spot some golden leaves or acorns matching the colors of the necklaces and bowls she creates. Alexandra grows some food, constricted to the limits of a small backyard. Although it’s just a tiny thing compared to what she would like to do, “being able to sow and harvest in the center of a city certainly gives a special flavor to the whole process”.

Every now and then in her blog, she mentions some recipes and food rituals connected to family history and so I ask her what are her dearest edible memories. “I remember seeing my grandmother cooking lamprey. Every year there’s a lunch in which we eat Lamprey “à Bordalesa” (Portuguese typical dish), now cooked by myself. In our family picnics, we always had green eggs and, on Christmas, “mexidos” (typical Portuguese Christmas sweet made of old bread, nuts, and dried fruit)”. But ultimately the memories are associated with the act of cooking, the sharing of knowledge and the presence of her closest ones. “Sitting at the table is a ceremony and I always try to make it joyful!”.



“Making marmalade is an act of love” is the title of one of her blog posts. The quinces came from her father’s tree and she turned them into this vibrant sweet spread, that she used to see her grandparents make together.


Although those traditional dishes are part of her memories, daily she cooks very simply, using mostly seasonal vegetables and fruits. This was also something she practiced at a space she used to own, Avesso. “With no professional cooking skills, I tried to make everything based on the knowledge I had. No huge ambitions — just caring about using good quality produce prepared simply”. She then concluded these are actually the guidelines she tries to follow in everything she makes.

She admits she had never thought about the similarities between her way of working and cooking until I ask her and notices that the working method — and even the lack of it (something I really appreciate in the kitchen, actually) — are the same. “I’m quite intuitive, I like to experiment and to be surprised. I like the challenge of working with few resources, trying to overcome the limits dictated by the materials. Most of the time, I let myself be driven by them until I reach the final product”.


Texto por/ Text by Teresa Leonor
Imagens por/ Images by Alexandra Macedo

Uma marca com pegada pequena

25 novembro 2017


Foi uma surpresa e um orgulho enorme ver a Mi Mitrika incluída nesta lista de 18 marcas portuguesas de bonecos e brinquedos feitos de forma sustentável. 

Vejam todas as 18 marcas aqui no site TheUniPlanet.

Nem tudo é o que parece

20 agosto 2017





Nem tudo é o que parece ser, mesmo num mundo ao contrário.

O de Paredes de Coura, criado pela Madalena Martins termina hoje, o nosso continua.

Entrevista

30 junho 2017

Estou no blogue De Estraperlo com uma entrevista pela Zany Bunny, a convite da Maria Sommer.

Espero que gostem.

Espraiar

20 junho 2017

























Foi há duas semanas atrás numa praia mais ao norte, com um mar ainda de Inverno, mas sem nortada nesse dia.

Depois de alguns anos sem fazer praia e com um défice de vitamina D, que no ano passado me causou um susto (só superado por doses suplementares disponíveis em frascos), houve que reaprender toda uma cerimónia, que neste caso se resume a pouco, pois reduzo tudo ao minimamente essencial.

Sem o vestuário púdico. próprio da época, usado pela minha bizavó Valentina em 1927, numa praia bem perto desta em Esposende e sem pudor em mostrar o que pode ser uma verdadeira sensação de prazer. 

Mesmo não ultrapassando as 4h de praia posso dizer que já estive de férias. Agora espero ansiosamente por mais.