05 outubro 2010

Mais roupas



























Tenho muita pena de não saber mais sobre estas roupas, blusas, saiotes, coulottes e aventais, das histórias que viveram e das pessoas que as usaram. Sinto que tenho em mãos um tesouro que não sei decifrar. Tantas memórias que se perderam, tantas histórias que ficaram por contar... Consigo imaginar as salas de jantar grandes e bem decoradas, a família à mesa, as crianças mais pequenas, sentadas numa mesa ao lado dos adultos, as empregadas a servir, usando aventais delicados, bordados à mão, talvez pelas donas da casa. Empregadas que, quando entravam ao serviço na casa de uma das Tias, deixavam lá fora o nome de baptismo e passavam a ser Marias. Esta é uma história que me lembro de ouvir, outras, mais felizes do que esta, podiam também fazer parte da minha vida, se tivesse havido mais tempo para as contar e mais disponibilidade para as ouvir. Quem me dera a minha tia e a minha avó para me contarem histórias, a tia Maria Júlia e a avó Maria Amélia, porque somos uma família de Marias.

No pátio, da casa dos meus avós, havia sempre Erva da Nossa Senhora, está agora em flor, na casa da minha mãe.. 

3 comentários :

  1. É tudo muito bonito, um mimo. E tão linda que é essa Erva da Nossa Senhora.

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  2. Compreendo bem o que sentes. E por vezes essas histórias são muito mais bonitas agora, que são histórias, do que quando aconteciam. É o poder da nossa imaginação, romântica e sonhadora. Tenho muita pena de não me vestir assim.

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  3. É verdade, a nossa imaginação fantasia para melhor e a realidade da mulher naquele tempo não era nada fácil. Gosto muito das roupas daquela época e tenho grande admiração pelas mãos que as costuravam e bordavam, mas acho que vesti-las não, gosto muito da liberdade que conquistamos e do poder de escolha do que vestimos. :-)

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